19.5.07

E o Vento Levou... - David O. Selznick

Este é um filme sobre o qual eu (e 99% dos cinéfilos) poderia escrever milhares de caracteres. Mas não o farei, porque aparentemente, tudo já foi dito. O fato é que, antes de saber que essa palavrinha para designar amantes do cinema existia, já era fascinada pela saga de Scarlett O'Hara, imortal na atuação de Vivien Leigh. E, claro, apaixonada pelo Rhett, o sempre irresistível Clark Gable. Na época em que a Globo exibia anualmente o filme no Corujão, meu maior desafio era conseguir assisti-lo do início ao fim. Tarefa praticamente impossível para uma menina de oito ou nove anos, eu via trechos entre uma soneca e outra. Consegui lá pelos 13. Sempre soube que não me arrependeria.

Depois disso, abandonei E o vento levou.... E retomei nessa semana. O plano inicial era assistir em duas noites, mas descobri que agora, quando 2h já não é um horário absurdo para mim, dividir a história é quase impossível. Quando acabou a primeira parte, tive certeza absoluta de que não conseguiria dormir se não terminasse o filme, mesmo sabendo o final de cor. O fato é que, apesar de ser uma produção tipicamente hollywoodiana, é uma das histórias mais bem contadas do cinema. Apesar de mostrar a Guerra da Secessão apenas como pano de fundo para os caprichos de Scarlett, sem nenhuma visão crítica ou política, temos que tirar o chapéu para David O. Selznick. Aliás, coloquei o nome dele no título e não o do diretor creditado, Victor Fleming, porque ele foi apenas um dos três ou cinco (as fontes divergem) que realizaram o filme. Por isso, o mérito vai todo para Selznick, que chegou mesmo a dirigir algumas cenas. Um raro caso de filme de produtor.

Scarlett é insuportável e desprezível. Rhett também. E eles se amam lá do jeito torto deles, se humilhando o tempo todo, mas de tal forma que não sentimos antipatia por nenhum dos dois. Torcemos para que fiquem juntos, mas vibramos com o "Francamente, querida, eu não me importo nem um pouco". Aliás, esse filme tem diálogos maravilhosos. Tenho vontade de falar sobre a questão do negro, da terra, dos salários dos atores, das premiações... Mas prometi que não ia me prolongar. Fica aqui a homenagem à minha primeira paixão cinematográfica.

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3 Comments:

Blogger Repórter Cultural said...

Qual era a frase que ele sempre falava pra ela? Memória ruim é F...
Bom filme, anyway...

11:18  
Anonymous Anônimo said...

Brilhante, amor.
Eu.

21:13  
Anonymous Anônimo said...

Mas, escreve demais esta minha filha...
Corujíssima

15:34  

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