10.5.07

Um Crime de Mestre - Gregory Hoblit

Anthony Hopkins, graças ao sucesso de Hannibal Lecter, aparece com uma aura de déjà vu no filme Um Crime de Mestre. É inegável a excelência do ator no papel de Ted Crawford. Mas, apesar de genial na pele do frio e astuto assassino, a sensação de estar diante de um clichê grita durante boa parte do longa.

Os primeiros dois terços do filme são interessantes e imprevisíveis. Ted é um homem metódico que descobre estar sendo traído pela esposa. Planeja então, um assassinato sem muitos requintes. É preso quase em flagrante e confessa o crime mal sucedido, já que a mulher está em coma. Até esse momento, devem ter se passado 10 minutos de filme, no máximo. Pensando no título, imaginei que apareceria a qualquer momento a indicação de que se passaram muitos anos e o crime perfeito envolveria o amante da moribunda.

Mas nesse ponto o filme dá uma reviravolta. Ted havia, sim, planejado o crime com primor. Mas não dá pra ficar contando aqui, porque senão vai perder a graça pra quem for ver. O legal mesmo é ficar torcendo pra que ele passe a perna no promotor Willy Beachum (Ryan Gosling), um chatinho metido a besta muito parecido fisicamente com o Cabeção, da Malhação. Ou com o Eminem.

No último terço, o filme perde a força. Eu desvendei o mistério muito antes do promotor. Levando em consideração que não sou boa pra isso, a solução deve saltar aos olhos. Mau sinal. Sem contar que começa aquela baboseira de redenção, que eu não suporto. O advogado mau caráter passa a lutar pela justiça, independentemente de estar colocando sua carreira em risco. Deixa até de sair com a chefe gostosona porque ela não tem os mesmo princípios angelicais que ele. Ah! Faça me o favor... Essa história já encheu,né?

Mas enfim... A dica é não se esforçar pra descobrir onde está a arma. Depois que eu descobri perdi a paciência. E passei o resto do filme pensando por que aquelas bolinhas labirínticas estavam ali.

Quando: a partir de amanhã, nos maiores cinemas.

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3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

hahaha. nossa resenha é parecida em alguns pontos, gabi. vai lá ver!

20:29  
Anonymous Anônimo said...

Amo. E como esqueci esqueci aquelas senhas, me declaro anônimo, bobalhona...

23:02  
Anonymous Anônimo said...

eu sei quem é o anônimoooooooo!


hehe

tá, sobre o filme, muito clichê!
pff...

camelie

20:21  

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