E o Vento Levou... - David O. Selznick

Depois disso, abandonei E o vento levou.... E retomei nessa semana. O plano inicial era assistir em duas noites, mas descobri que agora, quando 2h já não é um horário absurdo para mim, dividir a história é quase impossível. Quando acabou a primeira parte, tive certeza absoluta de que não conseguiria dormir se não terminasse o filme, mesmo sabendo o final de cor. O fato é que, apesar de ser uma produção tipicamente hollywoodiana, é uma das histórias mais bem contadas do cinema. Apesar de mostrar a Guerra da Secessão apenas como pano de fundo para os caprichos de Scarlett, sem nenhuma visão crítica ou política, temos que tirar o chapéu para David O. Selznick. Aliás, coloquei o nome dele no título e não o do diretor creditado, Victor Fleming, porque ele foi apenas um dos três ou cinco (as fontes divergem) que realizaram o filme. Por isso, o mérito vai todo para Selznick, que chegou mesmo a dirigir algumas cenas. Um raro caso de filme de produtor.
Scarlett é insuportável e desprezível. Rhett também. E eles se amam lá do jeito torto deles, se humilhando o tempo todo, mas de tal forma que não sentimos antipatia por nenhum dos dois. Torcemos para que fiquem juntos, mas vibramos com o "Francamente, querida, eu não me importo nem um pouco". Aliás, esse filme tem diálogos maravilhosos. Tenho vontade de falar sobre a questão do negro, da terra, dos salários dos atores, das premiações... Mas prometi que não ia me prolongar. Fica aqui a homenagem à minha primeira paixão cinematográfica.
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