11.1.07

007 Cassino Royale - Martin Campbell


Digam o que disserem, eu não abro mão: definitivamente, Daniel Craig não serve pra James Bond. Ele é loiro e bronco demais pra isso. Tá, tudo bem... Ele não poderia ter tanta classe quanto o 007 de Sean Connery logo em sua primeira missão como agente 00, mas também não precisava ser tããããão grosseiro. Feita a crítica ao ator, vamos ao filme.

Genial. Com uma trama simples mas com um roteiro bem amarrado (by Paul Haggis), Cassino Royale realmente explica como tudo começou. Como Bond aprendeu a não confiar em ninguém, como aprendeu a tratar as mulheres de forma tão adorável e desprezível e, sim, como aprendeu a não ser tão burro. Porque neste filme ele é muito amador. Sente medo o tempo todo. E, pasmem: quase morre. A cena do quase defunto, inclusive, disputa o topo na lista dos melhores momentos com a perseguição do início do filme (com direito a le parkour e tudo).

Outra novidade é a quantidade de cenas de ação. O filme é muito movimentado, cheio de perseguições, bombas, tiros e pancadaria. E o vilão não tem síndrome de Pink e Cérebro. O lance dele já não é conquistar o mundo, mas sim ganhar muito dinheiro. De preferência financiando o terrorismo. E ele chora sangue. Ui!

A missão: Bond precisa ganhar uma partida milionária de poker no Cassino Royale para evitar que esse dinheiro vá parar nas mãos erradas. O que fez falta foram as parafernálias inatingíveis e invejáveis de James Bond. A Sony espalhou celulares e máquinas digitais pelo filme, mas nada que não se possa comprar com muito dinheiro. Se bem que o 007 de Craig não precisa de equipamentos mirabolantes. Com ele, é tudo na porrada mesmo.

Mas o ponto forte do filme é a escolha da Bond Girl. Eva Green, a guria linda de Os Sonhadores, não precisa desfilar de biquini nem fazer caras e bocas pra seduzir James Bond ou qualquer outro, inclusive quem está assistindo o filme. Tanto que os momentos em que está mais bonita são os que desfila longos deslumbrantes no Cassino (frase de menina). A escalação da atriz não poderia ser mais acertada. Afinal, não é qualquer uma que transforma "o agente com licença para matar" em "o espião que amava".

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2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

É muito bom ler teus textos sobre cinema outra vez. Aliás, "com ele, é tudo na porrada mesmo" é ótimo. E sim, o Daniel Craig entra por uma porta, e a mistura de classe, ironia e charme do agente secreto a serviço da majestade foge (ou melhor, é arremessada violentamente) pela janela. hehe

letícia

14:14  
Blogger Gabi Voskelis said...

o primeiro comentário referente ao texto tinha que seu seu, le. amo.

15:00  

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