8.1.07

Um Bom Ano - Ridley Scott


A começar pelo título, Um Bom Ano é um filme insosso do início ao fim. Eu não havia me interessado por ele e, por isso, acabei na sala de cinema pra vê-lo apenas por um confusão mental. Queria assistir a Feliz Natal e me enganei nos horários. Uma pena.

Não que o filme de Ridley Scott seja ruim. Mas é medíocre, o que, dependendo o ponto de vista, pode ser ainda pior. Isso também não é uma surpresa em se tratando do diretor. Me descupem os fãs, mas Ridley Scott já foi bom. Thelma e Louise, Alien e Blade Runner são apenas vestígios de um diretor talentoso, que agora faz filmes como Gladiador, Cruzada e... Um Bom Ano.

Alías, nesse útimo ele repete a parceria de Gladiador ao colocar como protagonista Russell Crowe. Ele é um investidor inglês sem escrúpulos, que vive em função de ganhar muito dinheiro pra gastar em nada, já que não tem vida social, nem amigos e muito menos família. Tocante. E clichê. Mas o filme continua. Max descobre que seu tio, a única pessoa que se importava com ele, faleceu e deixou como herança um vinhedo na França. Ele vai até lá com a intenção de vender a fazenda e... surpresa! Por motivos de força maior, ele é obrigado a passar uma semana na paradisíaca cidadezinha, se apaixona por uma garçonete... Ah! Todos já sabemos onde isso vai terminar, não é mesmo?

Mas não é o fato de adivinharmos o desfecho logo no início do filme que o torna irritante. O problema é que ele tem toda uma estética e ritmo europeus. Isso cria a falsa expectativa de que, em algum momento, aquilo tudo vai quebrar algum clichê. A narrativa lenta indica que será um filme contemplativo, sem soluções fáceis. Ledo engano. O que se vê nos últimos 10 minutos é uma sucessão de deuses ex-machina. Tudo se encaixa harmoniosamente como num passe de mágica.

É tão frustrante que não vale nem pelas ótimas piadas sobre a rivalidade história entre franceses e ingleses. Moral da história: sempre conferir o horário das sessões antes de sair de casa.

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3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que bom que voltou a escrever sobre cinema!
Já estava com saudade dos tempos em qu lia O SUL
hahaha

18:33  
Anonymous Anônimo said...

Sou obrigada a discordar...acho que a escolha da estória clichet não é por acaso...o primor está nas interpretações...e não falo do astro crowe, na minha opinião, um filme feito de detalhes. E até acho ousado e na contramão das grandes produções franco-alguma-coisas ouy hollywoodianas de grandes estórias e reviravoltas...

17:53  
Anonymous Anônimo said...

Também sou obrigado a discordar... Este é um dos melhores filmes que já assisti na minha vida... Max acaba descobrindo um novo estilo de vida, uma nova maneira de viver a vida... O filme é dinâmico e muito bem realizado, como é do estilo do diretor de "Blade Runner"

19:04  

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